terça-feira, 22 de novembro de 2011

Primeiros dias, Longeividade, Tamanho da Calopsita

Primeiros dias em casa.

A ave ressente-se com mudança de ambiente e de dono. Mesmo sendo uma calopsita domesticada precisamos conquistá-la com paciência, carinho e dedicação. Ansiedade, forçar o contato mesmo que com a melhor das intenções, não contribuem em nada e só dificultam o processo de aproximação. É normal, portanto, que a calopsita se sinta ameaçada e venha a ter um comportamento de defesa, o que não significa que ela não seja mansa.
Nos primeiros dias de contato, tome algumas precauções com o objetivo de facilitar a adaptação da calopsita ao seu novo lar:
  • É normal a ave ficar amuada, quieta e sem se alimentar bem e/ou beber água nos primeiros dias, até que ela se sinta mais à vontade no novo ambiente.
  • Evite pegá-la a todo instante, mesmo que mansa. Deixe-a descansar, conhecer o novo espaço (gaiola, ambiente, etc).
  • Deixe a gaiola com alimento e água, em ambiente tranquilo, longe de barulho, pessoas e animais próximos.
  • Evite movimentos bruscos que possam assustá-la (e inclusive chapéu, óculos, etc).
  • Deve-se ter cuidado redobrado se ave tiver uma das asas aparadas, evitando deixá-la em local alto, andar com a ave no ombro, enfim, situações que propiciem a queda da ave e consequentemente machucá-la em virtude de ter a asa cortada.

Longeividade

Um dos questionamentos que é feito por alguém que está adquirindo uma calopsita é sobre o tempo de vida dessa espécie.
A longevidade de uma ave que vive em cativeiro não pode ser comparada a uma ave que vive na natureza. Se esta está sujeita às adversidades tais como disponibilidade de alimento, ação de predadores, clima, etc., a de cativeiro está intimamente relacionada com o tratamento recebido :

---> ambiente propício, alimentação adequada para cada fase de vida, acompanhamento de um veterinário, etc.
Esses, digamos, diferenciais, vai dar a oportunidade de a ave viver mais ou menos dentro do cativeiro.
Assim, concluímos que, em cativeiro, uma ave pode alcançar uma idade maior do que a que vive livre na natureza.
Em linhas gerais, podemos dizer que uma calopsita pode alcancar entre 20 a 25 anos de vida em cativeiro, mas o tempo médio de vida varia entre 10 a 15 anos.

Tamanho da Calopsita

Existem diferenças no tamanho das calopsitas? Sim, existem. É similar ao ser humano, uns são mais altos, esguios, grandes, outros mais baixos, magros. Por essa razão, criadores sérios procuram fazer cruzamentos entre aves de bom porte.
Acasalar aves entre si de mutações recessivas pode ocasionar a diminuição do porte dos filhotes, mas o que vai importar também nesses cruzamentos são outras informações genéticas que essas aves tenham herdado de seus antecessores (pais, avôs). Nos acasalamentos consanguíneos, a probabilidade de filhotes com defeitos genéticos ou de pequeno porte é alta.
Portanto, aqui vai um breve resumo dos fatores que interferem no crescimento da ave :
1) Genética
Sexo, tamanho, hereditariedade, mutações
2) Hormônios
síntese e secreção hormonal, enzimas reguladoras
3) Metabolismo
nutrientes, absorção, metabolização
4) Meio ambiente
temperatura, nutrição, stress, incubação, criação com os pais ou não.
5) Outros fatores
ninhos inadequados, superpopulação no ninho.

Criadores procuram cruzar essas aves de pequeno porte com as de tamanho padrão, para que esta característica possa ser transmitida aos filhotes que virão a nascer.

(informações retiradas de: http://www.calopsitas.org/)

Orientações



PROCEDÊNCIA

A principal orientação a esse respeito é adquirir a ave de fonte confiável, de preferência diretamente de um criador recomendado, pois além de os valores serem consideravelmente menores do que os de lojas, você terá informações importantes como a idade da ave, a coloração dos pais, orientação de como melhor cuidá-la, etc. Se possível, visite as instalações do criador para conhecer melhor o manejo das aves, ambiente, higiene, alimentação, etc.

Não generalizando, mas aves comercializadas em lojas/petshops passam por um estresse maior decorrente das mudanças de ambiente criador-intermediador-loja e, aliado às condições inadequadas (infelizmente) de uma grande parte dos estabelecimentos, esses fatores acabam contribuindo para o desencadeamento de doenças, acarretado pela baixa imunidade que o estresse acaba propiciando. Se você optou em adquirir um exemplar em loja, certifique-se da saúde da ave antes de levá-la para casa.

NÃO COMPRE FILHOTE PARA ALIMENTÁ-LO NO BICO

Um criador/vendedor responsável somente vende aves mansas já independentes, isto é, alimentando-se sozinhas, o que costuma ocorrer por volta dos 70, 80 dias de vida. Fuja de vendedores que induzem a você adquirir o pássaro ainda filhote para você continuar alimentando-o no bico em casa, mesmo que os preços sejam atraentes e lhe orientem como alimentar. Pode ser um procedimento muitas vezes prazeiroso para quem adquire o pássaro, mas exige um conjunto de experiência e cuidados necessários sem os quais pode levar a ave à morte, além do que o comprador estará pagando muitas vezes o mesmo preço de uma ave já comendo sozinha. Afora isso, a fase entre sair da alimentação no bico e iniciar a alimentação por conta própria tem que ser bem conduzida pelo criador para que a calopsita se torne independente dentro do tempo adequado.



Fuja de sites que vendem aves mansas, principalmente as que você não possa escolher, ver ao vivo
Criadores usam da prática de alimentar o filhote para deixá-lo manso, mas muitos que se dizem ser criadores são incompetentes quanto aos procedimentos mínimos necessários para alimentar nessa fase tão importante da vida, que exige inclusive tempo, paciência, alimentação e manejo adequados, muitas vezes levando-o à morte, por debilidade ou doença.
Por essa razão, não recomendamos a se aventurar em alimentar um filhote, prefira adquirí-lo já comendo sozinho. Esta é a orientação do portal, esta á a nossa campanha!

Independentemente se você for adquirir a calopsita como animal de estimação, ou para servir de matrizes para criação, algumas características da ave devem ser analisadas no ato da aquisição, como :
  • beleza da plumagem (as penas em volta da cloaca devem estar limpas e secas, isto é, sem sujeira de fezes)
  • olhos brilhantes, sem secreção
  • narinas secas, sem apresentar secreções
  • pés e pernas firmes
  • ave ativa, esperta
  • desconfie de ave sentada no fundo da gaiola, sonolenta, com penas eriçadas
  • para quem está procurando aves prontas para reprodução, procure adquirir com anilha para você ter mais segurança com relação à idade da ave e procedência e diretamente de criador. Outra questão que não dá para se ter garantia no momento da aquisição, é se a ave foi ou será um bom reprodutor. Os criadores tendem a vender as suas aves que não criam bem aos aviários (o que chamamos de descarte); tente apostar na aquisição de filhotes para formação de casais.
O valor da ave varia de acordo com alguns fatores : região (cidade), coloração da ave, a questão da procura x oferta, se em loja ou diretamente do criador, se domesticada ou não. O preço médio de uma calopsita domesticada é de R$150,00-R$200,00.
Tenha em mente que o tratamento e a relação com uma calopsita adotada como animal de estimação não podem sequer ser comparados a um cão ou gato. Procure se informar, leia aqui no portal um pouco sobre o que é esta linda ave, e se você realmente vai dispor condições de ter um em sua casa.
Aproveite e leia uma matéria que saiu na revista Veja, com nossos comentários tentando desmistificarmos determinadas colocações veiculadas na mídia.

PARA QUEM VENDE E PARA QUEM COMPRA
Temos observado com frequência que vem crescendo a compra de filhotes de calopsitas ainda não totalmente independentes (já comendo sozinhos).

O que ocorre é o seguinte :

O criador/vendedor entrega o filhote que supostamente ja estaria comendo sozinho, entretanto, ao chegar na casa do comprador, o filhote estranha o ambiente, e aquela fase inicial de aprendizado na alimentação tem seu ciclo cortado, o que pode levar ao que chamamos de "regressão", isto é, a ave pára de se alimentar, torna-se desnutrida e fraca, muitas vezes não percebida pelo novo dono.

Então, nossa recomendação é :

VENDEDOR/CRIADOR -: não disponha de suas aves à venda imediatamente quando passarem a comer sozinhas. Aguarde uma, ou mais semanas, tantas quanto forem necessárias, para ter a certeza que o filhote está se alimentando sozinho de forma adequada. Esse prazo é variável, depende do manejo do tratador (como que é feita a passagem da alimentação no bico para as sementes), algo em torno de 75 a 80 dias. Aves alimentadas pelos pais ficam independentes com 60, 65 dias de vida.

COMPRADOR : antes de adquirir um exemplar, procure analisar toda a ave, se está forte, saudável, se realmente está se alimentando sozinha, e esperta. Não acredite na idade que o vendedor lhe passar, siga seu instinto, perceba detalhes que possam mostrar que a ave ainda está muito novinha ou não, ou peça ajuda de pessoas que já possuam calopsitas.

O QUE FAZER?
Toda a ave recém chegada passa por um processo de adaptação ao novo ambiente, e isso pode fazer com que a ave fique sem comer por um ou dois dias. Para que a ave se adapte o mais rápido possível, deixe-a num ambiente tranquilo, evite pegá-la a todo custo, para que se sinta segura e passe a comer regularmente.
Se mesmo assim, a ave tentar comer e não conseguir descascar sementes, é possível que a ave realmente seja muito nova, e não esteja totalmente pronta para comer sozinha. Sugerimos procurar o criador e devolver a ave para que seja alimentada até estar realmente comendo por si só.






Para quem busca aves para reprodução, os valores podem ser bem variáveis. Mesmo as colorações mais comuns, existem qualidades que um criador experiente valoriza e paga por isso, ainda que o valor seja maior do que a média geral, tais como:
  • adultos prontos para reprodução
  • bom porte
  • beleza diferenciada
  • tamanho grande
  • mutações que a ave porte geneticamente

Adquirindo sua Calopsita!

Como tudo na vida tem começo, meio e fim, nada melhor do que colocarmos como primeiro Post como e onde adquirir seu amiguinho ou amiguinha, ou por que não ambos.

Primeiro passo de tudo REFLITA, tenha certeza que você quer, pode e tem como ter uma calopsita em sua casa.


Se você está pretendendo adquirir ou adotar a calopsita como animal de estimação, e precisa de informações sobre este pássaro, você está no lugar certo. Orientamos sempre que diversos pontos sejam previamente analisados para que a aquisição seja feita de forma consciente e responsável, nunca impulsiva.

1 - Avalie
Primeiramente, busque informações gerais a respeito da ave através de livros e artigos específicos, grupos de discussão, visitas a pet shops, criadores, etc., para certificar-se de que se trata do pássaro que é mais adequado ao seu estilo de vida e, consequentemente, você se identifica.

2 - Estar preparado para manter uma calopsita de forma saudável :
a) longevidade da calopsita;
b) você fica ausente de casa por muito tempo, viaja com frequência?;
c) tem pessoas que possam vir a tomar conta da ave em caso de necessidade e urgência? (viagem, mudança de residência, doença, etc.);
d) se você mora em apartamento, é permitido aves em sua dependência?;
e) se você tem outros animais como pet, como que será essa convivência?;
f) considere e pesquise primeiro as despesas iniciais e de manutenção que se requer para ter a ave (gaiola, alimentação, etc.), inclusive visitas a veterinário;
g) se há veterinário especializado no atendimento a aves em sua região;
h) espaço físico para a gaiola.
3 - Comportamento
a) Numa primeira análise, pode-se pensar que os cuidados que uma ave requer são mais fáceis do que os dispensados a um cão ou gato, por exemplo. Mas a calopsita é um pássaro inteligente e ativo, e requer períodos de interação com seu dono (nada com exagero, é claro), dentro e fora de sua gaiola. Quando a calopsita nao recebe a atenção adequada, pode desenvolver comportamentos agressivos, inclusive a auto-mutilação (arrancar suas próprias penas);

b) A calopsita por natureza é um pássaro barulhento, mas quando domesticado geralmente é bem mais quieta, alternando momentos que pode gritar, assobiar, cantar. Isso depende muito da personalidade da calopsita. Não podemos generalizar, cada exemplar tem seu jeito próprio e característico de ser e de se comunicar.
c) Muitas pessoas que adquirem aves domesticadas (de forma geral) esperam conviver com elas eternamente como pets sem a possibilidade de acasalá-las na época oportuna, quer seja porque não desejam filhotes devido ao trabalho de cuidá-los, ou até mesmo pela falta de espaço, etc.), não se dando conta muitas vezes da natureza de sua espécie, que é procriar. Alertamos você que à medida que a calopsita à medida que cresce e se torna adulta, passa a ter interesse em se relacionar sexualmente, por essa razão, os machos e fêmeas comportam-se dentro dessa realidade, ou seja, se masturbando em poleiros, bem como as fêmeas podem vir a botar ovos mesmo que sozinhas (sem parceiros) e sem a presença de ninho (vide Postura Crônica de Ovos - em Reprodução).
d) Recomendamos proporcionar uma companhia para sua calopsita, de sua espécie, mesmo que ela receba atenção de toda a família diariamente. Aves solitárias podem desenvolver comportamentos como auto-mutilação, dependência excessiva de seu dono, etc.
4 - Expectativas em relação à calopsita
Conforme anteriormente falamos, cada calopsita é única e exclusiva quanto ao comportamento, portanto não crie expectativas de vir a ter um exemplar que seja do jeito que deseja, para evitar frustrações. Por exemplo, umas são mais quietas, outras mais ativas, umas não apreciam um cafuné na cabeça, enquanto outras adoram, umas assobiam mais, outras chegam até a falar (habilidades vocais mais desenvolvidas nos machos, dificilmente uma fêmea assobie, cante e fale) através de incentivos, mas o mais importante saber é que o sucesso na interação dono x ave não requer que a ave tenha tamanha versatibilidade e habilidade para sentir e transmitir o carinho ao seu dono.


5 - Relacionamento criança x calopsita
Não recomendamos o contato da calopsita com crianças pequenas, principalmente sem a supervisão de uma pessoa adulta, por questão de segurança tanto da parte da criança (a calopsita pode comportar-se de forma defensiva a um movimento brusco ou um carinho mais exagerado provocando susto ou medo), como também do pássaro, pois bem sabemos que a maneira inadequada de interagir com o mesmo pode ocasionar acidentes domésticos e, dependendo da idade e da maturidade da criança, não seja ainda o momento adequado.

Pense e analise com muito cuidado esta questão.
(informações do site: http://www.calopsitas.org/)